Quando o fogo ataca

As florestas de Tenerife são mais do que paisagens. São sistemas vivos que estabilizam encostas vulcânicas íngremes, abrigam a biodiversidade e sustentam o turismo e a vida comunitária da ilha.

Em 2023, um grande incêndio florestal devastou as encostas do norte de Tenerife. Áreas naturais protegidas foram queimadas. Estradas e parques foram fechados. O céu ficou cheio de fumaça. Mais de 26.000 pessoas foram evacuadas de cidades e vilarejos. A ilha ficou paralisada.

Após o incêndio, vastas áreas de pinheiros ficaram mortas e perigosamente instáveis, muitas delas elevando-se acima de estradas, trilhas e infraestruturas. Suas raízes não seguravam mais o solo e, nas encostas íngremes da ilha, o risco de desabamento era alto. Com a aproximação da estação chuvosa, havia uma ameaça crescente de deslizamentos de terra, inundações e mais danos ambientais. Para evitar o desastre, as equipes florestais da ilha declararam emergência e mapearam zonas de alto risco para intervenção imediata — todas dentro de parques naturais protegidos e áreas de conservação.





Quando as máquinas tornam a proteção possível

Para enfrentar esse desafio complexo, as equipes ambientais de Tenerife recorreram à tecnologia. As máquinas da Komatsu tiveram um papel importante na solução do problema — não como ferramentas para a extração de madeira, mas como instrumentos para a recuperação e proteção ecológica.

O governo local obteve o apoio da comunidade ao deixar claro que as máquinas ajudariam na recuperação ambiental e na prevenção de incêndios florestais. Depois que isso ficou claro — e as máquinas demonstraram sua capacidade de trabalhar com precisão e cuidado com o ecossistema circundante —, o apoio público cresceu significativamente.

Os serviços florestais da ilha trouxeram a colheitadeira e o transportador da Komatsu para remover com segurança árvores perigosas de encostas íngremes e danificadas pelo fogo dentro de áreas naturais protegidas.

As zonas de intervenção foram mapeadas usando análise digital do terreno, que identificou onde as máquinas poderiam operar com segurança e onde o trabalho manual era necessário. Essas informações foram integradas ao sistema Smart Forestry da Komatsu, permitindo que os operadores seguissem rotas pré-planejadas e coordenassem a coleta de toras com precisão e cuidado.


Desafios íngremes

Em encostas íngremes e florestadas, a colheitadeira Komatsu processou árvores danificadas pelo fogo com precisão cirúrgica, guiada por controles integrados que minimizaram a perturbação do solo e removeram árvores mortas sem perturbar as plantas nativas que cresciam abaixo. O transportador seguiu por caminhos de extração cuidadosamente planejados, ajudando as equipes a remover o material com eficiência sem desestabilizar o terreno.

Em áreas fora do alcance mecânico, as equipes trabalharam manualmente com sistemas de guincho, usando as ferramentas de mapeamento digital da Komatsu para coordenar o movimento, pilhas de madeira georreferenciadas e documentar cada etapa. Mesmo quando as máquinas não estavam fisicamente presentes, seus dados e ferramentas digitais ajudaram a tornar o trabalho mais seguro, rápido e preciso.



Proteção a longo prazo

Hoje, essas mesmas máquinas fazem parte da estratégia de longo prazo da ilha para prevenir futuros incêndios florestais. A colheitadeira e o transportador da Komatsu são usados para desbastar árvores superlotadas — reduzindo o acúmulo de combustível, melhorando a saúde das árvores e tornando a floresta mais resistente à seca e ao fogo.

Uma espécie de pinheiro, o Pinus canariensis, é fundamental para a recuperação ecológica da ilha. Ao contrário de outros pinheiros, ela é adaptada ao fogo. Ela rebrotam após a queima graças à casca espessa que protege seu núcleo e às raízes profundas que seguram o solo. Reintroduzi-la cuidadosamente é a base da estratégia de resiliência de longo prazo de Tenerife.

Em algumas áreas, a restauração significou plantar manualmente. Em outras, significou permitir que a vegetação sobrevivente se recuperasse naturalmente, com manejo leve e proteção. Tudo é feito com o objetivo de reconstruir ecossistemas, não apenas substituir árvores.